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O que é Metaverso e para que serve?

É muito fácil confundir Metaverso e realidade virtual, porque na essência estas duas tecnologias têm muitas semelhanças. Ambas utilizam avatares, que são a representação de uma pessoa em um mundo criado em computador. Ambas fazem uso de um óculos especial para proporcionar uma imersão total no cenário virtual. Mas talvez a principal diferença entre estas duas tecnologias seja que, enquanto a realidade virtual, como o Second Life, é simplesmente um ambiente virtual criado em computadores, o Metaverso vai além, empregando tecnologias como NFT, blockchain, sensores e simuladores de sensações,, o que permite uma conexão do mundo virtual com o mundo real.
Mas para criar tudo isso é necessário um alto investimento, e por essa razão os projetos com mais chance de sucesso são aqueles que estão sendo desenvolvidos por empresas de grande porte. Este é o caso da Meta, dona do Facebook e Instagram.
Não há muitas informações sobre o ritmo do desenvolvimento, mas considerando os números divulgados pela imprensa, na casa dos bilhões de dólares, é possível supor que será um projeto realmente grandioso, que atrairá milhares de pessoas interessadas em explorar esse novo universo.
Mas é preciso mais do que isso para manter o público engajado. Oferecer um ambiente virtual altamente avançado e que conecta verdadeiramente as pessoas umas às outras é bem interessante, mas as pessoas costumam aderir a uma novidade e depois diminuir sua adesão, buscando outras coisas novas.
Com todo o conhecimento adquirido pela Meta em todos esses anos de redes sociais é possível supor que eles, cientes desse comportamento dos usuários, devem estar preparando uma plataforma que seja capaz não apenas de oferecer uma experiência inteiramente nova, mas que também seja preparada para permitir que as pessoas possam realizar suas criações.
A ideia aqui é mais ou menos como jogar Minecraft. O jogador retorna muitas vezes ao jogo e passa bastante tempo interagindo porque ele pode não apenas visitar aquilo que já existe, mas ele também pode criar. Isso é um aspecto que atrai as pessoas, pois traz um senso de continuidade.
Claro que no metaverso seria possível não apenas criar, mas também usufruir comercialmente da criação. Deve ser esta a razão que está atraindo tantas empresas para este mundo virtual como é o caso da Microsoft, Apple, Google, Amazon e Accenture, entre outras.
Ter uma presença no mundo virtual é estar na vanguarda dos negócios, ainda mais se supormos que a Meta (Facebook) está investindo em algo sólido, que realmente vai funcionar e cativar os clientes.
Imagine vender produtos no metaverso, permitindo aos clientes que façam testes de uso antes mesmo de fechar a compra (o produto é entregue depois na residência). Ou testar produtos que ainda serão lançados, capturando a percepção dos clientes de uma forma nunca antes vista.
Há inúmeras possibilidades para o metaverso. Essa tecnologia está apenas no início e muitas oportunidades surgirão para pessoas que buscarem os conhecimentos necessários para atuar nessa área, sejam desenvolvedores de software, designers, engenheiros de computação e muitos outros. Certamente haverá um grande espaço que comportará muitos talentos.
Por todas essas razões, esperamos que o metaverso seja uma grande oportunidade para o desenvolvimento de novos negócios e novas tecnologias. Além disso, se a plataforma realmente tiver sucesso, será realmente como construir um mundo inteiramente novo, e isso será um trabalho para muitos anos.